Países como Alemanha, Espanha e França testemunham aumento nas concessões, enquanto novas regras da UE transformam o cenário de projetos eólicos onshore.
A Europa está experimentando uma transformação no licenciamento de parques eólicos onshore, com concessões significativas em 2023, revelando uma mudança notável em relação aos anos anteriores.
A Alemanha, em particular, lidera esse avanço, permitindo 7,5 GW, marcando um notável aumento de 70% em comparação com o ano anterior. Este salto é ainda mais impressionante quando contrastado com os anos de 2017-2019, quando as concessões anuais mal ultrapassavam 2 GW. Este progresso coloca a Alemanha em uma trajetória positiva para competir em futuros leilões, visando alcançar um total de 10 GW até 2025.
A Espanha segue uma tendência semelhante, com um aumento de 70% nas concessões, ultrapassando 3 GW em 2023, enquanto a França experimenta um aumento de 12%, atingindo 2,2 GW no mesmo período. O Reino Unido também registrou um aumento de 10%, aprovando mais de 1 GW em projetos onshore. Essas melhorias não estão limitadas aos grandes mercados, com Grécia e Bélgica também testemunhando um aumento no número de licenças.
As mudanças são atribuídas às novas regras da UE, incluindo o Regulamento de Emergência sobre Licenciamento e as disposições da Energia Renovável Revista (RED III). Essas mudanças exigem que os governos transponham as disposições da RED III até 1º de julho, destacando o conceito de "Interesse Público Superior" (IPO) em projetos contestados judicialmente. Além disso, os governos estão buscando digitalizar os procedimentos de licenciamento, com um foco especial na consideração da biodiversidade.
Giles Dickson, CEO da WindEurope, destaca a melhoria considerável no licenciamento, especialmente na Alemanha, mas enfatiza a necessidade de esforços contínuos para alcançar a meta ambiciosa da UE de construir 30 GW de energia eólica nova por ano até 2030. A implementação rigorosa das novas regras na Alemanha, como o IPO, destaca-se como um exemplo positivo, inspirando outros países, incluindo França, Portugal e Áustria, a seguir o mesmo caminho.
Outras mudanças regulatórias, como a remoção da controversa regra de distância de 10H na Polônia, e a identificação de Áreas de Aceleração de Energias Renováveis em alguns países, contribuíram para acelerar o licenciamento. O uso de tecnologias digitais, como a plataforma de licenciamento digital proposta pela Comissão Europeia e soluções como o EasyPermits, desenvolvido pela WindEurope, AWS e Accenture, são passos
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