Investimento em fontes alternativas de energia como a eólica e a solar é fundamental para descentralizar geração e garantir a estabilidade do sistema elétrico no país, alerta especialista
Os apagões recorrentes registrados na cidade de São Paulo na última semana e o aumento do consumo de energia elétrica no país nos últimos dias chamam a atenção para a importância de se ampliar a potência instalada no país e garantir a estabilidade do sistema elétrico nacional. Neste sentido, o investimento em geração distribuída a partir de fontes como a solar e a eólica é fundamental para atender a demanda crescente por eletricidade, segundo avaliação do engenheiro Leandro Kuhn, CEO da L8 Group, que gerencia a L8 Energy, empresa especializada na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos.
Na última sexta-feira (15), o Operador Nacional do Sistema (ONS) registrou um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), atingindo 102.478 MW no início da tarde. A média da demanda ao longo de todo o dia também bateu recorde, chegando a 91.338 MWmed. Já a cidade de São Paulo registrou nos últimos dias quedas pontuais de energia, mas que afetaram a operação do Aeroporto de Congonhas na sexta-feira (15) e deixaram mais de 35 mil pessoas sem luz no centro e em bairros da região central na segunda-feira (18).
“Apesar de ainda não sabermos se estes estão ou não diretamente relacionados ao pico de consumo de energia no país, eles servem de alerta para a necessidade de descentralizarmos a produção de energia, com sistemas de micro e minigeração de energia instalados em residências e empresas”, destaca Leandro Kuhn.
Ele explica que ao mesmo tempo que a geração distribuída ajuda a aumentar a potência instalada do SIN ela não deixa o consumidor totalmente refém das operadoras que atuam no mercado regulado, uma vez que estará produzindo a sua própria energia mesmo se houver desabastecimento. “Este é um movimento que já começou e está ganhando cada vez mais força no Brasil, mas precisamos acelerar essa transição energética, para que possamos acompanhar as transformações da sociedade digitalizada em que vivemos”, explica.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a energia solar representa 99,97% de todos os sistemas conectados de micro e minigerações distribuídas no Brasil. Atualmente são mais de 3,4 milhões de unidades consumidoras que recebem créditos pela energia gerada e 78,68% dos sistemas estão instalados em imóveis residenciais. A energia solar é a segunda principal fonte da matriz energética brasileira, representando 17% de toda energia gerada no país, atrás apenas da hídrica, que detém 48,7% do mercado.
“O atual cenário demonstra que estamos em transição, mas o Brasil precisa avançar muito ainda neste setor para atender à demanda futura dos consumidores. Isso porque com a sociedade hiperconectada existe uma tendência mundial de se utilizar cada vez mais equipamentos de tecnologia e também há uma busca por meios de transporte mais sustentáveis como por exemplo os veículos elétricos e tudo isso requer mais energia”, ressalta Leandro Kuhn.
Sobre a L8
Fundado em 2014, o Grupo L8 é formado pela L8 Security, especializada em soluções para segurança da informação; pela L8 Energy, que atua na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos; e pela L8 GROUP, holding operacional do grupo que atua com foco em Telecomunicações e Segurança Eletrônica. Com a missão de facilitar e otimizar a utilização de tecnologias diferenciadas, oferecendo soluções com valor agregado aos clientes, o grupo preza por inovação e materiais de qualidade, tornando-se referência no mercado brasileiro. www.l8group.net
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