A afirmação foi feita por André Pompeo, Gerente na Área de Transição Energética do BNDES, durante o 3º Workshop EUCD de Biogás e Biometano, realizado hoje (26) em Brasília pela ABREN e pelo MDIR.
O evento contou com a participação de nomes relevantes, como Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil, e Laurent Javaudin, Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil.
Brasília, 27 de junho de 2024 – A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDIR) realizaram, nesta quarta-feira (26), o 3º Workshop EUCD de Biogás e Biometano, em Brasília. O evento teve como objetivo apresentar e discutir detalhes a respeito do projeto Diálogo UE-Brasil sobre a redução de metano no setor de resíduos da agropecuária. A ação, que é conduzida pelo projeto EU Climate Dialogues (EUCDs), conta com financiamento da União Europeia e será implementada pela ABREN.
O workshop foi realizado no auditório do MDIR e contou com a participação de formuladores de políticas públicas, empresários e especialistas, como como Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin, Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil, e Senador Zequinha Marinho, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA.
Painel de abertura teve início com o discurso de Schuegraf, que destacou que o desenvolvimento de uma indústria forte do biogás e biometano é parte fundamental para reduzir as emissões de metano. “A possibilidade de substituir o gás natural pelo biogás é uma vitória para o meio ambiente e para a economia. Isso abre também grandes oportunidades de cooperação quanto ao domínio de tecnologias limpas, ressaltou.
Na sequência, o Senador Zequinha Marinho frisou a “necessidade de se construir uma legislação coesa e inteligente, que compatibilize os interesses do setor de forma equilibrada e promova o desenvolvimento do mercado de biogás e biometano”.
Eduardo Corrêa Tavares, Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros - SNFI/MIDR, representou o ministro do MDIR, Waldez Góes, e destacou que há muitas oportunidades nesses segmentos. “Esse diálogo com a União Europeia é muito importante, pois possibilita a criação de novas linhas de financiamento, inclusive com foco no agronegócio para conversão e resíduos em energia”.
Já Ingo Plöger, Vice-Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, ressaltou que “um dos grandes desafios da sociedade brasileira atualmente e realizar a transformação energética com responsabilidade social e econômica”. Além disso, reforçou o empenho doa agronegócio na busca pela redução dos gases de efeito estufa, entre eles o metano, por conta de sua conhecida agressividade e posterior transformação em CO2.
Gutemberg Gomes, Secretário de Estado de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal, destacou as iniciativas do Distrito Federal com foco na sustentabilidade, em especial na reciclagem e na compostagem. Além disso, informou que, em breve, o Governo Estadual irá regulamentar a lei da compostagem e um decreto para regular os resíduos da construção civil.
O segundo painel do dia, apresentado por Laurent Javaudin – Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil, abordou as iniciativas europeias no Brasil com foco na transição energética e Net Zero 2025. Javaudin falou sobre os diretórios-gerais da Comissão Europeia e os aspectos setoriais da Descarbonização pelo uso sustentável do Biogás e Biometano.
O workshop contou, ainda, com a apresentação das políticas de biometano e biogás da Dinamarca. O painel foi liderado por Bruno Nielsen, Diretor Técnico da Associação Dinamarquesa da Biogás – Danish Biogas Association (DBA). Na sequência, Yuri Schmitke, Presidente Executivo da ABREN e gerente local do projeto EUCD/ABREN, e Flávio Matos, Conselheiro da ABREN e gerente do projeto EUCD/ABREN, apresentaram uma avaliação comparativa entre Uniao Europeia e Brasil com relação ao biogás e biometano.
Matos destacou que, de acordo com o MCTI, “nos últimos 15 anos a maior evolução com relação as emissões de metano é do setor de resíduos, em especial aterros sanitários e lixões. O aumento foi superior a 50%”. Schmitke, por sua vez, frisou que “a União Europeia tem importantes exemplos que podem ser seguidos pelo Brasil, em especial do ponto de vista regulatório e de precificação”.
O quinto painel de debates abordou as perspectivas para a redução das emissões do metano através da produção sustentável de biogás e biometano na agropecuária. Participaram da discussão Sávia Gavazza dos Santos, Gerente de Projeto da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda – Taxonomia Sustentável Brasileira, Alexandre Alonso Alves, Pesquisador da EMBRAPA Agroenergia, João Nicanildo Bastos dos Santos, Coordenador de Monitoramento e Inovação – CMI do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), José Ricardo Ramos Sales, Coordenador-Geral de Bioindústria do MDIC, e André Pompeo, Gerente na Área de Transição Energética do BNDES. A moderação foi feita por Daiane Daniele Santos Rocha – Diretora de Programa – Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional – MIDR.
Destaque para a fala de André Pompeo, representante do BNDES, que destacou que, na visão do banco, “o biogás e o biometano têm potencial igual ou maior do que o hidrogênio no Brasil, sendo assim um importante combustível para realizar a transição energética”.
O sexto e último painel do workshop abordou exemplos de cases do setor. Participaram da discussão Alisson Gomes de Moraes, Engenheiro na Superintendência de Novos Negócios da SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Luis Proença, Diretor Executivo na Dopp Sistemas Construtivos de Tanques e Silos, Gustavo Galiazzi, Gerente Técnico e Especialista em Combustíveis Renováveis da Abegás | Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, Amanda Soares Roza, Assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, e Marcus Andrey Vasconcellos, Presidente do INCT Instituto Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação CO2 ZERO. A moderação foi feita por Ziraldo dos Santos, Assessor Legislativo do Deputado Arnaldo Jardim.
Para conferir o workshop na íntegra, clique aqui.
Sobre a ABREN:
A Associação Brasileira de Resíduos para Energia (ABREN) é uma organização nacional sem fins lucrativos cuja missão é promover o diálogo entre o setor privado e as instituições públicas, tanto em nível nacional quanto internacional, e em todos os níveis de governo. A ABREN foi selecionada pela GIZ Bélgica para implementar o projeto. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos para recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de um setor sustentável e integrado de tratamento de resíduos sólidos no Brasil.
A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site, Linkedin, Facebook, Instagram e YouTube da associação.
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