Yuri Schmitke, presidente da associação, elencou as principaisiniciativas que o Brasil precisa adotar para avançar na gestão de resíduos.
Créditos: Divulgação fórum GD
O presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), Yuri Schmitke, participou na última quinta-feira (07) da 22ª Edição do Fórum Regional de Geração Distribuída, o Fórum GD Sudeste, realizado em São Paulo. O executivo integrou o painel “Considerações sobre GD no Brasil” e concedeu palestra sobre as “Soluções tecnológicas sustentáveis para valorização de resíduos e mitigação de metano no Brasil”.
Créditos: Divulgação fórum GD
De acordo com Schmitke, a gestão de resíduos no Brasil é um grande desafio, pois mesmo após mais de uma década da publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a quantidade de resíduos destinada a lixões e aterros sanitários é praticamente a mesma. Para mudar esse cenário, o executivo elencou exemplos de iniciativas implementadas pelos países com melhor desempenho em termos de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), definidas a partir de estratégias que promovam projetos de tratamento do lixo urbano.
“A recuperação energética de resíduos é a tecnologia mais indicada para uma gestão ambientalmente adequada do lixo urbano no Brasil. Há mais de 3 mil Usinas de Recuperação Energética (UREs) no mundo, mas nosso País ainda não possui nenhuma URE em operação. Estamos muito atrasados nesse sentido”, ressaltou Schmitke. Segundo o representante da ABREN, as 28 Regiões Metropolitanas do País, que totalizam mais de 100 milhões de habitantes, têm um potencial para tratar mais de 39 milhões de toneladas de resíduos por ano, além de capacidade instalada para gerar 3,3 gigawatts (GW) de energia elétrica.
Para isso, porém, é essencial que o Brasil avance em questões estruturais, como a aprovação do Programa Nacional da Recuperação Energética de Resíduos (PNRE), que propõe diretrizes para impulsionar a expansão da recuperação energética no País. Outras recomendações feitas pelo presidente da ABREN durante o painel foram a estruturação, por parte do Estado, de concessões de 30 anos para usinas de recuperação energética, a criação de blocos regionais para prestação regionalizada de serviços de resíduos urbanos e a possibilidade de cobrança de tarifa na conta de água ou de energia elétrica para garantir o financiamento das URes, além de mecanismos para venda ou utilização da energia gerada pela usina.
“A recuperação energética de resíduos é uma solução de saneamento básico que, além de contribuir para o tratamento correto do lixo, ainda gera energia”, explica Schmitke. Além disso, os países que utilizam essa tecnologia também são os que mais reciclam, pois somente o lixo não reciclável é destinado às UREs, fazendo com que a cadeia de resíduos tenha uma melhor organização.
Sobre a ABREN:
A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil.
A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site, Linkedin, Facebook, Instagram e YouTube da associação.
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